31 de ago. de 2011

O Papai Noel, a Coca-Cola e a epidemia de obesidade





A obesidade vem crescendo assustadoramente no mundo e a síndrome metabólica, que aparece em muitas pessoas com obesidade, vem se destacando como um dos mais importantes conjuntos de doenças e complicações cardiovasculares.

Essa síndrome devastadora, que se traduz pela associação do diabetes, dislipidemia (aumento do nível de gorduras circulantes), hipertensão arterial e obesidade, particularmente obesidade abdominal, não pode ser ignorada, nem deixar de ser constantemente pensada e tratada pelo endocrinologista, pelo cardiologista e até pelo oncologista, enfim, por todos aqueles que cuidam de pacientes com estes problemas de saúde.

Perto das festividades de Natal, com todos os que podem e os que não podem ganhar peso fazendo seus excessos gastronômicos, nada como olhar o personagem tornado símbolo desta comemoração, pelo comércio, para representar as pessoas com a Síndrome referida - o Papai Noel - gordo, com cintura grossa e que ganhou peso com a dieta de fast food, da mesma forma como aconteceu com milhões de pessoas no mundo todo, ao longo dos últimos anos.

Diz a lenda que, até por volta de 1880, o Papai Noel tinha a sua roupa de cor verde e era mais magro. A Coca-Cola ajudou a iniciar essa tradição de marketing natalino em 1931, tingindo a roupa do Papai Noel de vermelho e transformando-o em um velhinho simpático e obeso.

Recentemente, na Escócia, foram comparados os Papais Noéis de 40 centros comerciais, em pesquisa encomendada por um grande laboratório médico, e a conclusão a que se chegou foi de que todos eles eram excessivamente gordos e tinham grandes barrigas.

Assim como o Papai Noel foi transformado pela Coca-Cola, que mudou a cor de sua roupa para acompanhar a logomarca, a dieta do fast-food, da qual esse refrigerante é um dos símbolos,e a vida sedentária também vêm nos tornando pessoas mais gordas, com mais gordura abdominal e com distúrbios metabólicos.


Por: Dr. Walter J. Minicucci




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